sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Cap II – A ESTRELA DA NOITE

Ainda naquela noite enquanto caminhava em direção ao nascer do sol, senti o brilho intenso de uma estrela que pedia comunicação. Seguindo o trajeto fomos conversando sobre o que havia acontecido na celebração dos Arcanos. A estrela me transmitiu um pouco do seu entendimento em relação à visão que possuía sobre tudo aquilo.

Segundo ela: ‘É normal que os rebelados quisessem agir de maneira revoltosa. Eles sempre são assim. Desde que Lúcifer, o chefe dos recaídos, decidiu seguir sem Deus, eles o seguiram baseados na admiração que sentiam por sua luz. Mas Lúcifer sem Deus seria uma luz a apagar-se. Mesmo ele sentindo-se sem o Criador, Javé permanece com ele na forma da luz invisível. A qual não se apaga.’

Com todas estas palavras da estrela me lembrei de inúmeras outros personagens que encontro pelo caminho. Pais que fugiam dos filhos, filhos que fugiam dos pais. Os maus sentimentos que compartilhavam aqueles que desejavam seguir sem os outros, e o bem estar e felicidades dos que ao invés disso se mantinham disponíveis e sempre presentes de alguma forma.

Caminhei horas no meio da noite, rompendo as trilhas do vento, sob a luz da estrela. Ela me transmitiu esperança na jornada. Senti que estava com sorte. Senti uma ajuda espiritual. Com sinceridade, simplicidade e clareza fui refletindo comigo mesmo sobre o passado, o presente e o futuro.

A noite chegava ao fim, e o dia se iniciava. No horizonte, ao longe, junto a aurora vi a imagem de sete meninos brincando. Me apressei e fui até eles. Estávamos integrados à natureza. Brincamos por algum momento em comunhão. O dia se foi rapidamente, adormeci meus anseios imediatos pra descansar uma noite tranquila.

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